Março de 2006 - Janeiro de 2009

27
Nov 08

Isto está um frio que não se pode. O que nem me incomodava muito se não viesse para dentro de casa. Com o frio na rua posso eu bem. Agora, acordar às seis e meia da manhã, olhar para o termómetro na cozinha, e ver lá escarrapachados nove graus é de perguntar a deus que mal eu fiz para ter nascido.

Acho que é uma falta de educação o frio entrar assim sem ser convidado. A mim não me passaria pela cabeça entrar em casa de dos outros sem pedir licença. E pergunto. O que vai lá ele fazer? Não estava bem na rua? É lá que é o lugar dele.

O frio, para mim, é o equivalente àqueles convidados que não percebem que é hora de se porem na alheta. Nós podemos dizer-lhes de forma mais ou menos indirecta, mais ou menos educada. Mas seja como for, eles insistem em ficar. E lá ficamos nós, no nosso refugio, lar doce lar, com a sensação de desconforto similar a estar num casamento sem conhecermos sequer os noivos.

Ao longo desta semana, logo ao acordar, apercebemo-nos o quão fodidos estamos. Ele está lá outra vez. Ontem à noite estava cá e ainda não se foi embora. Pondo a cabecita de fora dos lençóis, como quem arregaça uma glande, acordamos para a triste realidade de que dali até ao banho já não há melhoria possível. Como eu odeio o frio. 

publicado por Velho Jarreta às 16:34

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