Março de 2006 - Janeiro de 2009

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Dez 08

Nunca fui a uma reunião de alcoólicos anónimos mas gostava de ir. Não é que tenha algum problema com a bebida. Minto. O facto de ter duas mãos e apenas uma boca sempre me atrapalhou um bocado.

A razão porque queria ir a uma reunião era para saber quem é aquela gente. Qual a razão do seu anonimato? Porque que se refugiam? Não conheço ninguém que beba para ir brincar às escondidas. Se uma pessoa bebe é para dar um escândalo monumental e meter-se com toda a gente que passe na rua. Para os extrovertidos é uma boa desculpa para o seu comportamento incómodo. Para os tímidos é uma excelente forma de fazer amigos. Agora, beber e permanecer incógnito não faz sentido nenhum.

Aposto que falam uns com os outros de mascara. Ou pior, como vemos na televisão. De cara pixelizada e voz destorcida. Só para se manterem anónimos. Que mania. Eu percebo o direito à privacidade mas isto é um exagero.

E como é que pedem uma bebida num bar? Será que se viram para o empregado e dizem “Era um Moscatel mas não diga nada a ninguém.”? E nos hipermercados? Será que fazem como os putos quando vão comprar preservativos? Cheios de vergonha, a porem montes de merdas que não precisam no carrinho, só para que ninguém note o que realmente levam.

Parece que estamos a falar de uma sociedade secreta. Até o termo “alcoólico” me soa a elitista. Isto não é a Maçonaria. Cheia de códigos secretos e rituais de iniciação. No fundo o que realmente estamos perante é de uma cambada de esponjas armados em finos. Sejam bêbados conhecidos. Assumam a vossa condição. Ficam mais fiéis à vossa essência e sempre dão graça a uma festa.

publicado por Velho Jarreta às 19:02

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