Março de 2006 - Janeiro de 2009

28
Nov 08

Ontem à noite deparei-me com um catálogo da Worten. Devo admitir que fiquei fascinado com a quantidade e variedade de geringonças que existem na secção de electrodomésticos. De entre os mais fascinantes, devo destacar um aspirador que trabalha sozinho. Uma espécie de caixa de bolachas, que me faz lembrar uma empregada que tive em tempos. Com a vantagem deste não roubar talheres de prata nem mamar aguardentes velhas à socapa.

Mas o artigo mais fascinante era uma fritadeira que, com apenas uma colher de sopa de óleo, fritava um quilo de batatas. Não me perguntem como, que, nem eu nem ninguém chegámos a perceber. O mais provável é que frite uma batata de cada vez com a mesma colher de óleo. Ao estilo das roulottes à beira da estrada.

O que eu pergunto é o seguinte. Em vez de perderem tempo com merdas sem jeito nenhum, porque não concentrar esforços em desenvolver o mais desejado de todos os electrodomésticos? A máquina de fazer broches. Como é possível termos chegado aos dias de hoje sem esse mito existir? Vai fazer quarenta anos que levaram o homem à Lua e não há forma de o levarem a um orgasmo com o auxílio de uma máquina que abocanhe mangálhos?

Onde estão as prioridades deste mundo? Eu quero lá bem saber de comunicações à escala global. Se for preciso falar com alguém, mando um pombo-correio ou faço sinais de fumo. Desde que tenha broches de manhã à noite eu estou satisfeito. De que me serve uma cozinha toda equipada se o micro-ondas e a torradeira eléctrica só me vão fazer dói-dóis na pila?

Vamos lá a pensar nisso, senhores engenheiros do coiso. 

publicado por Velho Jarreta às 00:32

27
Nov 08

Isto está um frio que não se pode. O que nem me incomodava muito se não viesse para dentro de casa. Com o frio na rua posso eu bem. Agora, acordar às seis e meia da manhã, olhar para o termómetro na cozinha, e ver lá escarrapachados nove graus é de perguntar a deus que mal eu fiz para ter nascido.

Acho que é uma falta de educação o frio entrar assim sem ser convidado. A mim não me passaria pela cabeça entrar em casa de dos outros sem pedir licença. E pergunto. O que vai lá ele fazer? Não estava bem na rua? É lá que é o lugar dele.

O frio, para mim, é o equivalente àqueles convidados que não percebem que é hora de se porem na alheta. Nós podemos dizer-lhes de forma mais ou menos indirecta, mais ou menos educada. Mas seja como for, eles insistem em ficar. E lá ficamos nós, no nosso refugio, lar doce lar, com a sensação de desconforto similar a estar num casamento sem conhecermos sequer os noivos.

Ao longo desta semana, logo ao acordar, apercebemo-nos o quão fodidos estamos. Ele está lá outra vez. Ontem à noite estava cá e ainda não se foi embora. Pondo a cabecita de fora dos lençóis, como quem arregaça uma glande, acordamos para a triste realidade de que dali até ao banho já não há melhoria possível. Como eu odeio o frio. 

publicado por Velho Jarreta às 16:34

24
Nov 08

Coloquei aqui neste espaço, à cerca de uma semana, um vídeo de uma actuação ao vivo de Rowan Atkinson. Isso aguçou-me o apetite para recordar outras performances deste vulto da comédia. Uma das mais lendárias refere-se a uma demonstração sobre a arte de representar. A pedido de várias famílias e do meu gosto pessoal, deixo-vos aqui uma das mais lendárias actuações que tenho memória.

Ao vivo, a cores e com direito a legendas. Em substituição de Jeremy Irons, que não pôde vir, o nosso protagonista toma o palco. Minhas senhoras e meus senhores, Rowan Atkinson.

 

 

publicado por Velho Jarreta às 15:44

21
Nov 08

Não é tão bonito quando basta dizer o nome de uma pessoa para provocar uma reacção? É que nem é preciso acrescentar mais nada. Chegamos, enchemos o peito e dizemos estas três palavras mágicas. À mesa de um café, matamos a conversa e pomos estranhos a olharem-nos de lado. Em palco teríamos o público na mão. Com um olhar tenebroso, carregado de receio por aquilo que poderia vir a seguir. Uns com os punhos cerrados de raiva e outros mordendo os lábios devido ao incómodo da situação.

Indiferença é a última palavra que pode estar associada à líder do Partido Social Democrata. O que é curioso tendo em conta tratar-se de uma pessoa bastante discreta. Não se apresenta nunca como o centro das atenções. Não se veste de forma exuberante, nem fala alto. Nem sequer de uma forma característica (o que é sempre o sonho de qualquer comediante), nem com qualquer espécie de tique que a destaque. Tem uma aparência frágil, de alguém que quase parece ter dificuldade em locomover-se. No entanto, ninguém se atreve a colocar-se à sua frente.

Seja qual for a opinião que possam ter dela, isso nunca se traduz num sorriso nos lábios. Mas especificamente. Se alguém gostar dela, refere-se à sua pessoa como uma figura de competência e rigor inquestionáveis. Dotada de forte um carácter e de uma verticalidade impares. Mas diz isto sempre com um ar sério. Não é a mesma coisa que dizer que o José Mourinho é o melhor treinador do mundo ou que o António Lobo Antunes é um grande escritor. Aí elogiamos também, mas com um sorriso nos lábios, de admiração e satisfação por aquelas pessoas serem quem são. Quem admira Manuela Ferreira Leite retrata-a como um mal necessário. Alguém que não fará o céu azul, mas que espantará as nuvens negras só com o seu olhar.

Para quem não gosta dela tudo é bem mais òbvio. Se nós somos aquilo que comemos, para os seus antipatizantes, a líder social-democrata cresceu à base de uma dieta de 605 forte e nazis de coentrada. O que me parece bastante infundado pois ela é bem magrinha. Ou então, para irritar ainda mais quem não gosta dela, é daquelas pessoas que pode comer o que quiser que nunca engorda. Seja como for a imagem que fica é a do mais fodido dos 4º cavaleiros do Apocalipse. Alguém que faria Salazar encolher-se e que consideraria a PIDE/DGS como uma cambada de liberais. Um vulto que ao passar as flores apodreçam. A figura por onde todos os contos infantis, que tenham pelo menos uma bruxa má, se tenham inspirado. A filha ilegítima do diabo e mais uma variedade de coisas que agora não me ocorrem porque só escrevi as mais óbvias.

As suas recentes declarações têm vindo a cada vez mais a provocar esta divergência. Quer seja a suspensão da democracia, a regulamentação da comunicação social, a questão do desemprego ucraniano e cabo-verdiano ou as opções que toma em relação aos seus “permanentes” cortes de cabelo.

Independentemente da opinião que se tenha de Manuela Ferreira Leite o importante é que se tem sempre uma opinião. E ao menos isso é de respeitar. A nossa importância na vida só se reflecte pelo impacto que temos nos outros. Se bem, se mal, isso compete a cada um decidir. Mas como tudo na vida, a pior coisa é ser-se indiferente. Não provocar reacção nas pessoas que nos rodeiam é viver sem sentido.

publicado por Velho Jarreta às 15:50

18
Nov 08

Rowan Atkinson é um dos melhores actores de comédia de sempre. Para quem este nome nada diz, este actor é mundialmente conhecido pela sua personagem Mr. Bean. Apesar da maioria das pessoas apenas o reconhecer pela sua interpretação do cruel e pouco falador Bean, a sua carreira vai muito para além disso.

Na minha opinião, é fora da famosa personagem que Mr. Atkinson teve os seus melhores trabalhos. As suas actuações ao vivo tomaram o estatuto de lenda. Para que comprovem isso mesmo trago-vos o seguinte.

Na absoluta simplicidade de um palco desnudado, Rowan depara-se com uma bateria ínvisivel. O resto fala por si. Espero que gostem. 

 

 

publicado por Velho Jarreta às 12:59

14
Nov 08

Encontrar hoje em dia alguém de bem com a vida é tão raro como uma virgem num bar de alterne. Eu sei que contribu-o para isso. Não, não sou um habitué da noite de putedo e muito menos um fodilhão. Falo sim da minha já lendária resmunguice. Também eu dou uso a este espaço para, muitas vezes, libertar toda a minha raiva enjaulada interiormente.

Como tal, e para mudar o estado de espirito das coisas, trago-vos a seguinte proposta. Directamente do espaço sideral os Parliament/Funkadelic. Também conhecidos como P-Funk esta trupe de músicos dá ritmo ao mundo à mais de 40 anos. Dirigidos pelo mestre George Clinton, esta pouco convencional orquestra tem o prazer de vos apresentar, ao vivo e a cores (como eu desejo que todos fiquem), "Mothership Connection/Swing Down".

Se não gostarem, desejo-vos uma boa morte pois é sinal que já estão a caminho dela. Não sentir o ritmo deste momento é estar decrépito e acreditar que o mais estimulante da vida é preencher o IRS. Saudações.

 

 

publicado por Velho Jarreta às 17:31

12
Nov 08

Têm ideia de qual foi o pior momento da vossa vida? Agora que têm essa agradável imagem na vossa mente multipliquem por mil. Garanto-vos que nem de perto nem longe chegam aos calcanhares de Quim Macleod. Este senhor, Joaquim de seu nome, não tem Macleod como apelido de família. É sim uma alcunha que ganhou. A forma como a obteve irão perceber mais à frente. Para já, só vos quero garantir que o que vão ler é a mais pura das verdades. Isto aconteceu mesmo.

Num só dia Quim Macleod foi despedido, a mulher deixou-o e o filho assumiu-se como homossexual. Nada mau para uma quarta-feira. As condições em como surgiram estes acontecimentos são-nos desconhecidas. Aquilo que sabemos é o que se passou a seguir.

Como qualquer pessoa faria numa situação destas, Quim Macleod decidiu matar-se. Mas como o fazer? Como se iria suicidar? Esta questão, que já apoquentou tanta gente ao longo da história, foi prontamente respondida. O nosso protagonista decidiu pegar fogo ao seu apartamento consigo lá dentro. Passou por uma bomba de gasolina, encheu um jerrican e começou a dar uma segunda demão às paredes com tinta de 95 octanas. Mas a consciência pesou-lhe. Pensou nos seus vizinhos, que nada tinham a ver com o seu dia fodido (fodidissimo, se me permitem). Como tal, para evitar um novo Chiado, decidiu imolar-se. Despeja o conteúdo do jerrican em cima de si como quem toma um duche rápido. Acende uma chama e finalmente começa a arder. Com o fogo a consumir-lhe o corpo, entra em pânico e corre em chamas para a janela. Em desespero atira-se do segundo andar onde habitava.

Por incrível que pareça não morreu. Esta seria a primeira de várias ocasiões que lhe valeriam a alcunha de Macleod. Para quem este nome nada diz, eu esclareço. Reporta-se a uma série televisiva chamada "Highlander", que por sua vez iria originar filmes e jogos de computador relacionados. Nessa mesma série a personagem principal, de seu nome Duncan Macleod, era um indivíduo imortal. Com o decorrer desta história irão perceber o quão imortal foi e é Quim Macleod.

Mas voltemos à queda livre, e em chamas, do nosso herói. Ao embater no solo a combustão não se extinguiu. Ali perto estava o seu filho, o agora rabeta. Que prontamente se apercebeu tratar-se do seu pai. Visto estarmos no Carnaval, o jovem e os seus amigos estavam munidos de uma larga quantidade de balões de água, que prontamente decidiram atirar ao voador em chamas. Fique registado que foi a primeira e única vez que alguém salvou a sua vida devido a balões de água.

Ao acordar no hospital, com a estrutura óssea desfeita e com queimaduras profundas ao longo do seu corpo, Quim Macleod aguarda pela alta hospitalar de modo a que possa suicidar-se devidamente.

Volta debilmente a casa e pensa numa nova forma de pôr termo à sua vida. Decide espetar uma faca no seu sofrido coração. Ao bom estilo medieval, como quem quer enviar um vampiro para o reino dos mortos, pega no maior facalhão que tinha na cozinha, agarra-o fortemente com as duas mãos e enche o peito para ganhar coragem. Como a dita coragem não chegava decidiu encostar a faca ao corpo e atirar-se para cima da cama. Numa área repleta de órgãos vitais, só há um espaço de poucos milímetros entre o coração e os pulmões onde um golpe não seria fatal. Onde acerta Quim Macleod? Acertou ele e acertaram vocês. Depois de uma longa agonia na solidão do seu lar, faz mais uma visita ao hospital e mais uma tentativa falhada.

Hoje em dia este homem arrasta-se a mendigar pelos subúrbios de Lisboa. Com a cara desfeita e um corpo cheio de mazelas, que não permitem levar uma vida normal a homem que sempre a tinha tido. Quim Macleod é a prova que se alguém acha que teve um dia fodido, é melhor pensar duas vezes porque ainda não viu nada. 

publicado por Velho Jarreta às 23:58

O que aconteceria se colocassem numa misturadora as três personagens que dão título a este texto? Para dar uma cor à festa dá-se o formato de um videoclip e com uma música medonha a servir de base e serve-se morno para não provocar nenhuma indigestão. Por incrível que pareça alguém transformou esta visão dos infernos em realidade.

Tendo a seu favor a beleza física de Mrs. Piggy, a porca dos Marretas. Dispondo da elegância de Jabba The Hut, a alarve personagem da guerra das Estrelas. Com a doce voz e forte presença em palco  de William Hung, um dos mais famosos cromos do programa American Idol. Após tudo isto chega-se à proposta que hoje vos trago.

No ano da graça de 1993 Jan Terri presenteou-nos com esta pérola. Abordando a temática da eventual perca amorosa. Não percebo o porquê de tal insegurança. Especialmente tendo em conta o bom partido aqui presente. Mas pronto, cada um sabe de si.

Com a qualidade cinematográfica de um filme porno de segunda categoria apresento-vos "Loosing You".

 

 

publicado por Velho Jarreta às 16:42

07
Nov 08

Acho que chegou a hora de me deixar de profundos discursos filosóficos e buscas do sentido da vida e falar coisas bem mais terrenas. Como tal, decidi iniciar um ciclo, que prevejo ser longo, de coisas que me irritam profundamente. Comecemos.

Já repararam que quem ouve música no carro em altos berros só ouve é merda? Nunca estamos parados no meio do trânsito e de repente saiem disparados o Miles Davis ou os Pink Floyd de umas colunas montadas na chapeleira de um Saxo Cup. É sempre aquelas merdas do reggaeton ou a última colectânea elaborada pela Rádio Orbital.

E não é só a música que é uma merda. A maior merda é quem vai ao volante desses mesmos carros. O que é aqueles otários querem provar? Que não são lixo branco, suburbano, homofóbico, iletrado, falsos valentes e verdadeiros falhados? Que colocam o som no máximo de modo a que não se ouçam os seus complexos de inferioridade? Ou será que o fazem para que ninguém escute que a sua homofobia não é mais do que o secreto e ardente anseio de sentir uma volumosa verga a chegar-lhes ao duodeno?

Sabem o que eu desejo aquela gente? A morte. Nada mais, nada menos. Estou sempre à espera do momento em que no lugar daquela irritante batida de dancefloor me soe nos ouvidos o chiar de uns pneus e o som do desfazer de um automóvel. Chegar ao pé do carro e ver um corpo trucidado a esvair-se em sangue. Para ser a cereja em cima do bolo, que o CD lhe saia disparado do leitor e fique encrostado na testa de modo a que a massa encefálica, ou o que possa existir dela, saiam às postas pelo crânio aberto.

E de preferência antes de terem a oportunidade de ter filhos. Permitir a descendência desta gente não é mais que inundar a sociedade com mais mediocridade. Graças a deus pela legalização do aborto, pela existência da pílula e pela mortalidade infantil.

Não espero outra coisa. Esta gente jamais vai compreender noções como respeito pelo próximo ou viver em sociedade. A única coisa que os seus cérebros diminutos acham é que se é alguém na vida por se ter um potente sistema de som no carro.

Pouco me importa que tenham empregos de merda, um estado permanente de falência técnica, a condição eterna de escravos e que o som alto seja a única coisa que os faça sentir alguém. Eu não sou responsável pelo estado da vida deles. Como tal, não tenho de levar com reggaeton só porque parei num semáforo.

publicado por Velho Jarreta às 15:20

05
Nov 08

Como todos os homens, sempre me interroguei com o porquê das mulheres irem juntas à casa de banho. Porque raio é que aquelas duas almas têm de ir mijar ao mesmo tempo? O que é que vão fazer para precisarem de auxilio mutuo? Será que vão medir os diâmetros da rata uma da outra? Debochar-se numa orgia lésbica sem limites? Roubar sabonete líquido e rolos de papel higiénico? À partida não. A resposta é bem mais óbvia e simples. Elas pura e simplesmente vão aos pares para poderem falar à vontade.

Nós homens, nunca fazemos isso. Ou melhor, fazemos mas de uma forma menos subtil. Para começar não nos enfiamos num cubículo do tamanho de um cacifo com uma sanita no meio com mais outro gajo por razão alguma. Que se fodam os problemas dele. Queremos lá bem saber se o outro precisa muito de desabafar ou que está enrascado porque apanhou chatos num bar de alterne qualquer. Até podia ser nosso irmão mas ali dentro fechado é que não. Queres falar, falas cá fora que estamos bem mais à vontade. Olhem o que aconteceu com o George Michael. Um sex symbol que tinha todas as mulheres à face da terra a seus pés. Um dia foi a uma casa de banho pública, um tipo meteu conversa com ele e tufa. Apanhou gay. É preciso ter muito cuidado. 

Nós homens se queremos falar de algo importante apanhamos uma bubadeira daquelas que se ganha a alcunha de “seca-adegas” e mandamos tudo cá para fora. Sentimentos, emoções, litros de tinto e o resto do jantar. É que falar destas coisas sóbrio é coisa de rabetas. Homem que é homem jamais falaria de questões sensíveis no seu pleno juízo. Quando um gajo está sóbrio as questões mais profundas que se devem abordar são o sistema táctico da selecção e a qualidade dos tremoços.

Mas voltando à casa de banho. Tenho muita dificuldade em compartilhar as minhas idas ao WC com outras pessoas. Não percebo como é que se pode ter uma conversa minimamente séria e estar ao mesmo tempo a olhar para alguém a mijar. Não estão decerto a imaginar os chefes de Estado Israelo-árabes metidos numa casa de banho a discutirem a questão dos colonatos judaicos. Onde é que já se viu? No meio de peidos, descargas de autoclismo e o cheiro a urina a abordarem a questão dos refugiados.

E cagar? Sim, será que as mulheres quando estão juntas na casa de banho têm licença para cagar? É que isso é nojento. Isso para mim vai para além do inaceitável. Estar de cuecas para baixo, sentado numa sanita, tendo como barulho de fundo o som de dejectos em queda livre sobre a água e, no meio disto tudo, há uma pessoa a falar connosco, nem num filme de Tarantino uma situação destas tem cabimento.

Não me ocorre nenhum assunto no mundo que fosse de tal maneira importante que para isso implicasse estar numa casa de banho pública com dois metros quadrados a olhar para um gajo a largar valentes poias e a peidar-se bravamente. Até podia ser para me dizer que ia ser pai e queria que eu fosse o padrinho do seu primogénito. Eu quero é que se foda. Se me está a contar isto enquanto se senta na sanita, baixa os boxers, coça a gaita e os tomates mesmo à minha frente e larga um valente peido, bem que pode arranjar outro padrinho. É que já é daquelas situações que ficamos sem saber bem o que dizer. Imaginem agora, conversar com um gajo que está todo vermelho da força bruta que está a fazer para abrir o esfíncter, de tal forma que saia uma farinheira reluzente do cu, de modo a que lhe deixe o intestino solto.

Francamente, cada coisa no seu sitio.

publicado por Velho Jarreta às 19:09

Novembro 2008
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1

2
3
4
5
6
7
8

9
10
11
13
15

16
17
19
20
22

23
25
26
29

30


subscrever feeds
mais sobre mim
pesquisar neste blog
 
Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

blogs SAPO