Março de 2006 - Janeiro de 2009

31
Mar 06

Sempre tive uma fraca memória mas há episódios que nos ficam gravados para sempre. Era eu novo, muito mais novo, e andava na catequese (sim, o herege que hoje sou já andou na catequese), e havia algo que me diziam que não fazia sentido nenhum, entre outras tantas, mas pronto. Era aquela velha justificação da morte de Jesus, "Ele morreu na cruz por nós". O quê? Mas que raio! E perguntava eu aos catequistas o que queria aquilo dizer. A resposta era sempre vaga, do género "Então…sacrificou-se por nós…pois tá claro." ou pior "Mas que pergunta mais parva, vais mas é ali pó canto e reza meia-duzia de Pais Nossos que é para não te armares em esperto.". Visto que me apercebi que por ali não ia ter resposta nenhuma de jeito decidi perguntar os meu pai. A resposta que ele me deu iria alterar completamente a minha visão do mundo, embora eu só me apercebesse disso anos mais tarde. Ele virou-se para mim e disse: "Meu filho, se chegares aos 40 anos e não souberes a resposta não fiques frustrado, porque eu hoje ainda não sei e isso não me chateia nada". Como é obvio na altura fiquei na mesma.

Questões religiosas à parte, porque não é disso que estou no fundo a falar, hoje em dia entendo na sua plenitude aquilo que ele me quis dizer. Há determinadas coisas na vida que são assim porque sim, e não são porque não são. Se têm resposta ou não pouco importa, aquilo que nos deve tirar o sono e dar dores de cabeça devem ser questões verdadeiramente importantes que tenham uma forte influência no nosso futuro, como "será que ela me quer?", "como vou arranjar emprego?", "como é que eu vou comprar uma casa?" ou "como é que o Koeman ainda está a treinar o Benfica?". É importante simplificar a vida e aproveitar ao máximo o facto de por cá andarmos.

Quem matou o Kenedy? Sei lá, eu não fui. Há vida depois da morte? Sei lá, logo vejo quando lá chegar. Porque é que amanhã tenho de acordar cedo? Porque tem de ser, e agora vai-te deitar que o teu mal é sono.

publicado por Velho Jarreta às 16:42

30
Mar 06

Há uma ideia enraizada na mente das mulheres de que os homens só pensam em sexo. Nada de mais errado e insultuoso para nós homens. Daí a minha necessidade em escrever este pequeno texto de modo a dar a entender às mulheres como se processa o cérebro masculino.

Para isto desenvolvi a " teoria da pizza", que penso ser uma analogia bastante simples e eficaz. Como já referi antes, nós homens não pensamos só em sexo, pensamos em muitas mais coisas. Agora se disserem que estamos sempre a pensar em sexo, aí sim, estão correctas. Encaixando isto na referida teoria, o cérebro masculino é uma pizza, onde a massa representa sexo e os restantes ingredientes são os nossos restantes pensamentos (comida, bebida, futebol, música, carros, porque é que elas vão sempre juntas à casa-de-banha, etc.). A massa, sexo, é a base de todo o nosso cérebro e os ingredientes são, como é obvio, os nossos restantes pensamentos. O sexo está lá sempre, mas não é tudo, só que devido ao nosso avançado intelecto somos capazes de pensar várias coisas ao mesmo tempo. Excepto quando a massa é colocado em exagero e não permite que caiba no forno mais nada. Esta situação também é conhecida como "Uma ganda tesão".

O tipo de pizza varia consoante o homem em si, sim, porque nós não somos todos iguais!!!! Um homem muito estúpido seria uma simples com Mozzarella e fiambre, enquanto que um individuo de elevado intelecto seria uma Super Suprema com todo o tipo de condimentos.

Por isso tenham respeito por nós minhas senhoras. Quando nós estamos a falar com vocês apesar de mandarmos um olhar de relance para o vosso decote, ou termos aquela curiosidade de saber qual a marca das vossas calças quando vocês se levantam, não é só isso que estamos a fazer.

Lembrem-se sempre que a nossa mente está a processar outros pensamentos.

publicado por Velho Jarreta às 18:01

29
Mar 06
A palavra "caralho" é a mais utilizada da língua portuguesa. É também aquela que tem maior número de significados. Daí a expressão "Andas sempre com o caralho na boca".

Para além de ser um substantivo que define o órgão genital masculino, o "caralho" serve essencialmente como adjectivo. Mas não um adjectivo claro e definido com um único sentido mas sim uma forma de dar ênfase a qualquer frase. Basicamente é um caldo Knorr verbal, um gajo faz um prato qualquer e põe um cubo com aquela ideia "Ah isto sempre dá mais sabor". Com o "caralho" sucede o mesmo, "Ah isto sempre dá mais convicção". O mais fascinante no "caralho" é que pode ser utilizado em tudo e para tudo. Se estamos a falar de algo, seja quente ou frio, alto ou baixo, claro ou escuro, esperto ou estúpido, etc., se dissermos que é como o caralho (ou usualmente dito "cômó caralho") sabemos logo que era aquilo mas muito mais.

Mas por vezes é usado em exagero. Quando se fala em mulheres e se diz "a gaja é boa como o (perdão…cômó) caralho" mas o que é isto? Que raio de paneleiragem é esta? Andamos a brincar aos cowboys? Não fica bem e pode ser mal interpretado. Como é o caso de uma sondagem que levou a crer que 98% dos homens portugueses são homossexuais. Ao perguntarem aos homens portugueses se não se importavam que lhes colocassem o dedo no cú, a resposta da maioria dos inquiridos " Metes mas é o caralho!!!" levou a uma interpretação incorrecta.

Com tudo isto só me resta desejar que fiquem bem cômó o caralho.
publicado por Velho Jarreta às 18:20

27
Mar 06

O meu primeiro grito de revolta é referente ao último jogo de Trivial Pursuit que fiz. Eram duas equipes. A minha com três elementos e a outra com dois. A minha equipe perdeu, mas não perdeu contra um qualquer adversário, perdeu sim para um duo que teve raciocínios e respectivas respostas como são exemplo as seguintes:

Em que cidade desagua o Rio Mondego?

- É no Porto.

- Não pá, esse é o Douro.

- Então não sei.

Diz o primeiro, enquanto que o colega de equipe toma uma pose de pensador grego e diz o seguinte:

- Figueira da Foz. O Guadiana desagua na Figueira da Foz. É a nossa resposta.

Com um olhar de mágoa os adversários dizem:

- Isto não é possível</a>. Está certo mas não era o Guadiana, era o Mondego

- Ah era o Mondego…(retoma a pose de pensador grego, o jogo continua)…O Mondego…O Mondego?…

Quantas casas tem um tabuleiro de xadrez? 60 ou 64?

- 64. 12 x 12 são 64. (sem comentários)

Qual o nome da ilha para onde foi exilado Napoleão onde viria a falecer a 5 de Maio de 1821?

- O Mónaco</a> é uma ilha?

(inicio do riso descontrolado por parte da equipe adversária)

- Não é o Mónaco</a>.

- Então qual era a ilha do Gendarme ?

(aumento do volume da gargalhada acompanhado de comentários do género: "Foda-se! A ilha do Gendarme." Ou "Como é possível</a>?"

- Saint</a></a> Tropez</a></a>?

- Isso! (expressão dita de forma convicta)

- Não. Saint</a></a> Tropez</a></a> não é uma ilha. Saint</a></a> Tropez</a></a> é tipo Olhão. (momento alto da noite, riso de proporções épicas que levou à interrupção do jogo para descanso do pessoal)

- É pá então não sei.

- Olha ás tantas foi nas Berlengas.

- As Canárias não porque o gajo era Francês.

- Caga nisso.

- Nós não sabemos.

Resposta Correcta: Ilha de Santa Helena (vá lá não acertaram esta )

Mas alguém me consegue explicar isto?

publicado por Velho Jarreta às 00:23

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