E acabou. Morreu o velho jarreta. Algum dia tinha que ser e hoje pareceu-me o ideal. Após quase três anos de dementes dissertações, declaro encerrado este espaço. Nada mais tenho a acrescentar a tudo aquilo que já disse. O propósito que deu vida a este heterónimo foi inteiramente cumprido. Se não, pouco me importa. Saio de consciência tranquila, com a noção de ter realizado tudo aquilo a que me tinha proposto.
Aquilo que sempre quis, foi pôr-vos a vocês, e a mim próprio acima de tudo, a questionar tudo aquilo que nos rodeia. E com isso pôr-nos a pensar pela nossa própria cabeça.
Numa era de politicamente correctos, seres formatizados, fruta normalizada e onde os cidadãos deram lugar aos consumidores, faz-nos falta alguém que nos recorde o que é ter ideias próprias. E foi o que este “velho” teve por missão.
Resta-me agradecer-vos do fundo do coração todos os gestos de apreço e de apoio que tiveram comigo ao longo dos anos. Foi sempre o saber que há alguém desse lado que me fez continuar.
E assim me fico. Nunca se esqueçam que só vocês têm resposta para tudo aquilo que procuram. Que se alguém se apresentar como solução para todos os males é porque não é mais que um problema. Vivam a vida e a vossa realidade. A montanha russa está prestes a começar mais uma volta e o nosso tempo é agora.